O café
O bom café que tomo nessa manhã,
Não foi produzido por mim.
E muito menos surgiu do nada no mercado.
Vejo-o puro e amargo ao paladar.
Sempre forte como eu gosto.
Este café veio do mercado lá da esquina,
E tampouco fez seu Joaquim, dono do
mercado.
Este café veio da indústria.
Mas esse café
não surgiu na indústria por acaso.
E tampouco fez o
dono da indústria.
Esse café que era um grão
Veio das lavouras extensas
Que não nascem por acaso.
Em lugares lindos e calmos,
Homens e máquinas que trabalhavam
De sol a sol, de lado a lado,
Para ganhar o pão.
Colhendo aqueles grãos.
Em indústrias cheias de máquinas e,
Pessoas de vida dura e admirável,
Produziram esse pó lindo,
Negro e forte.
Que tomo essa manhã.
Alunas: Larissa Cristina Souza
- 8º ano 1
Ana Carolina
Marques
A pamonha amarela
Que comerei nesta
manhã
Não foi feita por mim.
Surgiu das lavouras
de milho.
Vejo o macio da
pamonha
Que derrete na boca
Que comprei na
pamonharia
Mas não foi feita por
mim.
Essa pamonha, tão
pouco
Foi feita por mim,
Nem foi feita por seu
Zé,
O dono da pamonharia.
Esta pamonha foi
feita
Pela sua mulher.
Esta pamonha era
milho
Que veio das grandes
lavouras
Que foram plantadas
Por várias pessoas.
Em lugares em que não há escola,
E vão trabalhar nas
lavouras,
Para fazer essa pamonha
que
Comerei esta manhã.
O vestido
Nessa tarde especial,
Em meu apartamento em São Paulo,
Estou a escolher um vestido
Para ir ao parque, com minhas amigas.
Do nada, me vi a pensar:
Como esse vestido chegou até mim.
Não foi produzido por mim,
Nem pela dona da loja onde o comprei.
Esse vestido antes de chegar à loja,
Veio de uma confecção,
Onde as costureiras o finalizaram.
Antes disso, o tecido passou por
várias etapas.
Primeiro pelo corte,
Depois pela modelagem,
Pelo risco,
As marcações,
A costura,
A montagem,
A revisão.
Antes de virar tecido,
O algodão é plantado pelos trabalhadores
E depois passa pelo processo
Da colheita,
Do descaroçamento,
Da tecelagem e do tingimento.
Depois de todos esses processos
O vestido veio parar em meu closet,
E o usarei nesta tarde especial
Para ir ao parque, com minhas amigas
.
Onde a árvore foi parar?
Minha mesa,
Onde coloco meus livros
Que é tão útil para mim
Toda manhã em minha escola.
Veio da marcenaria
do Tio José.
Homem que tem fé
de um dia vender muito.
Esta mesa era árvore,
Cortada em pedaços
Por homens que trabalham
Para ganhar o pouco dinheiro
Que sustenta suas famílias.
Em mata aberta,
arriscam suas vidas
trabalhando quase como escravos,
sem comida e sem água
mas pelo sustento da família
continuam a trabalhar
Com a madeira cortada
Chega o caminhão
Para transportar
Toda a madeira
Levando para todo Brasil
Assim também chegando na marcenaria
do Tio José
que faz todo o trabalho de produção
transformando a madeira em mesa
finalizado o trabalho
chega a minha escola
para se utilizar.
O MEU LÁPIS
Todo dia na escola
Pego meu lápis
e começo a escrever,
mas este lápis
não veio andando até mim.
Tenho-o pronto para escrever
com as pontas afiadas
e com a imaginação a mil,
mas este lápis não foi feito por mim.
Este lápis veio
da papelaria da esquina,
mas ele não brotou na prateleira.
Veio de grandes árvores
que viraram madeira reflorestada,
trazidas por caminhões
até grandes fábricas.
Em lugares distantes,
Operários trabalham nas fábricas
Montando os lápis
Que hoje escrevemos
Nesta manhã na escola.
O MILHO ENLATADO
Abro a geladeira da minha casa
Encontro o milho fresquinho.
Pronto para comer
Com diversas receitas.
O milho não apareceu do nada.
Teve um processo longo.
Homens cansados e exaustos
Plantaram e colheram o milho.
Após o processo da colheita,
O milho é levado
Para uma empresa
Que fará alguns procedimentos
De higiene.
Depois é enlatado
E em seguida
A empresa responsável pelo milho
Empacota os milhos.
Coloca-os em caminhões
E distribuem em diversos lugares
E assim,
Encontro esse produto novinho
No mercado
Que fica a apenas duas esquinas da
minha casa
E por um
preço bem barato.
O café
O café que eu tomo
de manhã todos dias,
não foi produzido por mim
nem apareceu na xícara por acaso.
Vejo ele quieto
e quente, imóvel na xícara,
saindo vapor do seu líquido,
no ponto ideal.
Mesmo assim, este café
não foi produzido por mim.
Este café veio do
supermercado
Que estava na prateleira.
Este café veio de uma indústria
de Patos ou das redondezas
mas não foi
produzido por eles.
Este café era grãos
que foram torrados e
moídos ,
que estavam plantados nas fazendas
e nos altos das colinas .
Este café foi produzido
por trabalhadores rurais
que sustentam
suas famílias
que trabalham duro todos os dias.
Em lugares longe
da minha realidade,
foi produzido este café,
doce e puro
que eu estou tomando
nesta manhã.
O Queijo
O branco do queijo que dá gosto no
pão de queijo
que estou comendo nesta manhã linda em Guimarânia,
Ele não surgiu dentro da minha casa
por milagre.
Mas este queijo não foi feito por mim,
Ele veio lá da roça do meu avô.
Ele acorda cedo na roça, pega o
carrinho de ferro
e vai colocar comida no cocho das
vacas.
Logo depois, ele vai buscar as vacas
no pasto.
Depois ele tira o leite das
vacas
e coloca em um latão grande de
plástico.
Depois ele coloca os produtos no
leite
para virar uma massa cremosa
e depois ele faz os queijos
saborosos.
E depois, mais tarde lá na roça
ele vem para Guimarânia
e traz os queijos para o mercado.
E as pessoas compram os queijos
para fazer os pães de queijo
e comer no café da manhã.
Alunos: Matheus Henrique e Rander
O queijo
Nessa manhã de Guimarânia,
Eu estava comendo um belo queijo
E pensando pelo que este queijo passou
Antes
de chegar em minha mesa.
Provavelmente ele foi tirado como leite de alguma
vaca.
O leite foi armazenado com soro e coalho.
Depois de um tempo a mistura virou massa
que é arrumado em formas com o pano para
espremer.
A massa é espremida até retirar todo o soro
e ficar uma massa consistente.
A massa
repousa por um tempo,
E em seguida o queijo é virado
e depois é salgado com sal grosso.
E é revirado e salgado e colocado em estante
para escorrer o resto do soro
E o queijeiro vai pegar os queijos
e vender para comerciantes.
E assim os consumidores compram o queijo
E foi assim que o queijo chegou a minha mesa.
O
queijo
O
queijo que acompanha meu café
nesta
manhã, em Guimarânia
não
foi produzido por mim
não
surgiu em cima da mesa.
Eu
o vejo branco
como
a neve no inverno
mas
não foi feito por mim.
Esse
queijo veio do supermercado
mas
também não foi feito pelo dono
ele
veio de uma fazenda
do
interior de Minas.
O
queijo era leite que veio das vacas
de
fazendas produtoras de queijo.
Em
lugares do interior de minas
tiraram
o leite dessas vacas
que
viraria queijo.
Em
fazendas,
trabalhadores
fazem o queijo
em casinhas escuras
Homens
produziram esse queijo branco e fresco
com
que alegro minha manhã em Guimarânia.
Alunas: Maria Eduarda Alves Faria, Leandra Milene
Silva Araújo.