Gêneros Textuais - 2
Conto Tradicional
O sal e a água
Um rei tinha três filhas; perguntou a cada uma delas por sua vez, qual era a mais sua amiga. A mais velha respondeu:
– Quero mais a meu pai, do que à luz do Sol.
Respondeu a do meio:
– Gosto mais de meu pai do que de mim mesma.
A mais moça respondeu:
– Quero-lhe tanto, como a comida quer o sal.
O rei entendeu por isto que a filha mais nova o não amava tanto como as outras, e pô-la fora do palácio. Ela foi muito triste por esse mundo, e chegou ao palácio de um rei, e aí se ofereceu para ser cozinheira. Um dia veio à mesa um pastel muito bem feito, e o rei ao parti-lo achou dentro um anel muito pequeno, e de grande preço. Perguntou a todas as damas da corte de quem seria aquele anel. Todas quiseram ver se o anel lhes servia: foi passando, até que foi chamada a cozinheira, e só a ela é que o anel servia. O príncipe viu isto e ficou logo apaixonado por ela, pensando que era de família de nobreza.
Começou então a espreitá-la, porque ela só cozinhava às escondidas, e viu-a vestida com trajes de princesa. Foi chamar o rei, seu pai, e ambos viram o caso. O rei deu licença ao filho para casar com ela, mas a menina tirou por condição que queria cozinhar pela sua mão o jantar do dia da boda. Para as festas de noivado convidou-se o rei que tinha três filhas, e que pusera fora de casa a mais nova. A princesa cozinhou o jantar, mas nos manjares que haviam de ser postos ao rei seu pai não botou sal de propósito. Todos comiam com vontade, mas só o rei convidado é que não comia. Por fim perguntou-lhe o dono da casa, porque é que o rei não comia? Respondeu ele, não sabendo que assistia ao casamento da filha:
– É porque a comida não tem sal.
O pai do noivo fingiu-se raivoso, e mandou que a cozinheira viesse ali dizer porque é que não tinha botado sal na comida. Veio então a menina vestida de princesa, mas assim que o pai a viu, conheceu-a logo, e confessou ali a sua culpa, por não ter percebido quanto era amado por sua filha, que lhe tinha dito, que lhe queria tanto como a comida quer o sal, e que depois de sofrer tanto, nunca se queixara da injustiça de seu pai.
Crônica
O crachá
Uma senhora comentou com uma amiga da academia:
- Menina! Eu não sei onde eu estava com a cabeça. Você não acredita na gafe que eu dei ontem.
- Gafe?...Qual? Perguntou à amiga.
- Eu fui acompanhar o meu marido ao hospital porque ele tinha uma consulta no cardiologista. Você acredita que na saída eu acabei me esquecendo de devolver os crachás na portaria. Eu só fui me dar conta do fora quando eu cheguei lá em casa e vi os benditos crachás. Amiga, será que eles ficaram muito bravos com o fora que a gente deu?
- Não esquenta não amiga. Eles devem estar acostumados com esse tipo coisa.
- Você acha?
- Claro que sim! Veja só: a minha sobrinha, a Mariana, ela é recepcionista lá numa clínica da zona sul. Ela vive dizendo que os velhinhos da terceira idade fazem isso sempre.
Edilson Rodrigues Silva
Adivinhas
1) O que é que é surdo e mudo, mas conta tudo?
Resposta: o livro
Resposta: o livro
2) O que é o que é que sempre se quebra quando se fala?
Resposta: o segredo
Resposta: o segredo
3) O que é que passa a vida na janela e mesmo dentro de casa, está fora dela?
Resposta: o botão
4) O que é o que é feito para andar e não anda?
Resposta: a rua
Resposta: a rua
5) O que é o que é que dá muitas voltas e não sai do lugar?
Resposta: o relógio
Resposta: o relógio
6) Qual é a piada do fotógrafo?
Resposta: ninguém sabe, pois ela ainda não foi revelada.
Resposta: ninguém sabe, pois ela ainda não foi revelada.
7) Você sabe em que dia a plantinha não pode entrar no hospital?
Resposta: em dia de plantão.
Resposta: em dia de plantão.
8) O que é um monte de pontinhos coloridos no meio do mato?
Resposta: formigas treinando para o carnaval!
Resposta: formigas treinando para o carnaval!
9) O que a esfera disse para o cubo?
Resposta: deixa de ser quadrado.
Resposta: deixa de ser quadrado.
10) O que é que corre a casa inteira de depois vai dormir num canto?
Resposta: a vassoura
Resposta: a vassoura
Letras de Música
Te esperando ( Luan Santana)
Mesmo que você não caia na minha cantada
Mesmo que você conheça outro cara
Na fila de um banco
Um tal de Fernando
Um lance, assim
Sem graça
Mesmo que vocês fiquem sem se gostar
Mesmo que vocês casem sem se amar
E depois de seis meses
Um olhe pro outro
E aí, pois é
Sei lá
Mesmo que você suporte este casamento
Por causa dos filhos, por muito tempo
Dez, vinte, trinta anos
Até se assustar com os seus cabelos brancos
Um dia vai sentar numa cadeira de balanço
Vai lembrar do tempo em que tinha vinte anos
Vai lembrar de mim e se perguntar
Por onde esse cara deve estar?
E eu vou estar te esperando
Nem que já esteja velhinha gagá
Com noventa, viúva, sozinha
Não vou me importar
Vou ligar, te chamar pra sair
Namorar no sofá
Nem que seja além dessa vida
Eu vou estar
Te esperando
Mesmo que você não caia na minha cantada
Mesmo que você conheça outro cara
Na fila de um banco
Um tal de Fernando
Um lance, assim
Sem graça
Mesmo que vocês fiquem sem se gostar
Mesmo que vocês casem sem se amar
E depois de seis meses
Um olhe pro outro
E aí, pois é
Sei lá
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E.E."Irmãos Guimarães"